Métodos


VIVEIRO DE MUDAS
Administração e Controle

Para um melhor desempenho do viveiro, devem-se adotar alguns procedimentos administrativos, sendo os mais importantes:

1. Planejamento da produção visando cobrir todas as fases do processo, em que devem ser considerados o número de mudas a serem produzidas, as espécies e as épocas mais adequadas para a produção. 2. Estoque de insumos e demais materiais necessários para a produção, tais como embalagens, ferramentas e outros. 3. Disponibilidade de sementes necessárias ou locais definidos para coleta ou compra.
4. Supervisão dos trabalhos distribuindo atribuições e obrigações ao pessoal. 5. Acompanhamentos periódicos através de relatórios em que figurem informações sobre as espécies produzidas, atividades produtivas com seus rendimentos e custos atualizados da produção. 




Dicas para montar um viveiro


O viveiro de árvores nativas da AIPA - Associação Ituana de Proteção Ambiental, vem testando tecnologias simples que podem ser adotadas por outros viveiros. Eis algumas dicas do viveirista Benedito Veríssimo Freire, que atua no projeto desde 1991.


O primeiro cuidado é com a escolha do local, que deve:
1- ser plano;
2- sem sombreamento;
3- ter fácil acesso à água;
4- boa drenagem do solo;
5- não receber vento;
6- fácil acesso de pessoas e veículos.
Já os canteiros, de 1m. x 10 m., devem ter corredores de separação de 1metro de largura, para facilitar as atividades rotineiras. Construí-los no sentido leste-oeste garante melhor insolação.


Deve-se prever instalação de lambris de proteção contra sol forte ou equivalente por um tempo após a repicagem (transferência das mudas para saquinhos), ou se a espécie assim o exigir (como peroba). A AIPA desenvolveu um substitutivo caseiro para o lambri, amarrando capim elefante sobre varas de bambu até formar como que um telhado ralo). Para completar a infra-estrutura, aconselha-se construir um galpão coberto, para guardar instrumentos e executar tarefas, como o enchimento dos saquinhos, que lá serão armazenados antes do plantio. A terra, o esterco e o bagaço de cana (ou outro fertilizando orgânico) serão armazenados perto deste galpão, ao ar livre, protegidos por lonas.
Uma sementeira (ou berçário) simples pode ser construída numa das laterais do  viveiro, diretamente sobre o chão. Basta delimitar uma área de 10m. x 1m. com madeira tratada ou tijolos, formando paredes de uns 40 cm de altura. Estas paredes devem ter saídas para drenagem, que podem ser feitas com pedaços de bambu ou de cano.


Também visando a drenagem, preencher o fundo desta estrutura com uma camada de brita grossa e, sobre ela, outra de brita fina. Sobre estas camadas, colocar o substrato - composto por areia (90%) e húmus (10%) - deixando uma borda de pelo menos 10 cm. Após a semeadura, deve-se cobrir a sementeira com tela fina, que protegerá contra o sol forte e insetos. Após a repicagem, trocar o substrato e lavar a brita com água e álcool. Esta sementeira a céu aberto - adequada para as sementes menores (as maiores são semeadas diretamente nos saquinhos) - é útil no ano todo onde não há inverno rigoroso. Uma idéia é a construção de uma estufa, para uso nos períodos mais frios.





Irrigação

Para as sementeiras ou canteiros em germinação, as regas devem ser freqüentes até as mudas atingirem uma altura aproximada de cinco centímetros (folhas formadas), sendo os melhores horários pela manhã ou no período final da tarde. A irrigação no início das manhãs é recomendável em épocas e em locais frios, para desmanchar o gelo formado por geadas. Regas ao final do dia contribuem para que o substrato permaneça úmido por mais tempo, de modo que o potencial hídrico das mudas mantenha-se com valores mais altos durante as noites.
Recomenda-se que após a emergência ter alcançado seu ápice, o regime de regas deva ser alterado, substituindo-se gradativamente a irrigação freqüente e leve por outro regime de maiores intensidades e duração de rega. Substratos com teores elevados de areia requerem maior freqüência que os de menores teores.

Deve-se tomar cuidado com o excesso da irrigação, pois isto poderá acarretar as seguintes conseqüências: 
a) diminuição da circulação de ar no substrato;b) lixiviação das substâncias nutritivas;c) aumento da sensibilidade das mudas ao ataque de fungos;

Os trabalhos de irrigação poderão ser feitos com a utilização de mangueiras, regadores ou aspersores, dependendo das condições de cada viveiro.
 


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